Permita-se o tempo necessário para examinar
a sua estratégia investigativa – a
ordem pela qual você executará tarefas
específicas, e como elas se encaixarão em um
todo. Acredite no que estamos dizendo: no
final das contas, isso lhe economizará bastante
tempo. Isso requererá uma lista inicial
de perguntas que devem ser respondidas (por
exemplo: Quem faz os produtos para o sangue?
Como eles conseguem saber se os seus
produtos são seguros ou não?).
É uma ideia muito boa começar a pesquisa pelas
perguntas mais simples, ou seja, aquelas que
você pode responder com informações que não
requerem conversas com as pessoas. Em geral,
o primeiro impulso de um repórter de notícias
é pegar o telefone e começar a fazer perguntas.
É claro, não estamos dizendo que você não deve
falar com as pessoas. O que estamos dizendo
é que há uma série de vantagens em começar
a sua pesquisa sem fazer barulho. Quando a
pesquisa tiver engrenado bem, muitas e muitas
pessoas saberão o que você está fazendo.
É por isso que você precisa saber se existem ou
não fontes abertas – documentos públicos, reportagens,
e assim por diante – que possam servir
para verificar ou elucidar partes da sua hipótese.
Se elas existirem, consulte-as primeiro. Você
compreenderá melhor a história antes de falar
com as pessoas, e elas irão apreciar isso.
No Centro para a Integridade Pública, nos EUA,
pede-se que os pesquisadores iniciantes façam
pesquisa por diversas semanas antes que eles
tenham permissão para contatar fontes. Você
poderá não precisar de todo esse tempo. Mas se
você é como nós, e como quase todas as centenas
de pessoas que ensinamos a investigar, você
precisa romper com o hábito de depender das
outras pessoas para obter informações que você
pode encontrar por conta própria. No próximo
capítulo, veremos em detalhe como encontrar e
utilizar fontes abertas
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